No decorrer da XXI Feira Laica a Stress.fm aproveitou para falar com Martin Lopez.
O
Martin nasceu no Peru e vive em Valência há quase dez anos. É
desenhador, ilustrador e autor de banda desenhada. Paralelamente, foi
criando um papel fundamental enquanto editor (curador?) que, segundo o próprio, é simbiótica com o seu trabalho criativo.
Faz parte do colectivo editorial Ediciones Valientes, que foi criado em 2007. Através desta estrutura, o Martin e os amigos dedicam-se a publicar uma série de objectos ligados ao universo gráfico: revistas/zines de comics (TRRRzine, KOVRA, El Temerario), cartazes, ilustração, serigrafia, etc. Paralelamente, organizam exposições e festivais relacionados com edições não necessariamante profissionais.
A abordagem que o Martin desenvolve enquanto editor e autor aproxima-se de um conceito que ele próprio apelida de "gráficas do mundo". Ele procura encontrar cumplicidades entre estéticas e grafismos de diferentes zonas geográficas, abordando permanentemente o confronto entre o trabalho amador e profissional, inspirando-se em técnicas que tendem a desaparecer com a industrialização das artes gráficas.
"Uma das coisas que eu gosto muito é do trabalho gráfico popular, de rua, anónimo: rótulos, cartazes,..."
Ao longo da entrevista que lhe fizemos, deparámo-nos com um discurso bastante claro sobre a cultura e a educação visual que nos rodeia e sobre alguns dos porquês deste boom de edição independente/alternativa que tem surgido nos últimos tempos em Espanha, e não só...
Neste sentido, o exemplo de Valência é interessante: segundo o Martin, esta é uma cidade onde sempre ouve um mercado relacionado com as artes gráficas muito profissionalizado e institucionalizado. Com a actual crise, esse mercado morreu, ou pelo menos perdeu muita da força que tinha anteriormente, o que fez com que surgissem bastantes edições independentes. Este fenómeno é facilmente observável quando visitamos um evento como a Feira Laica, em Lisboa (cuja última edição contou com mais de 40 bancas e cerca de 900 visitas), o Tenderete, em Valência ou o MEA, em Madrid.

Faz parte do colectivo editorial Ediciones Valientes, que foi criado em 2007. Através desta estrutura, o Martin e os amigos dedicam-se a publicar uma série de objectos ligados ao universo gráfico: revistas/zines de comics (TRRRzine, KOVRA, El Temerario), cartazes, ilustração, serigrafia, etc. Paralelamente, organizam exposições e festivais relacionados com edições não necessariamante profissionais.
A abordagem que o Martin desenvolve enquanto editor e autor aproxima-se de um conceito que ele próprio apelida de "gráficas do mundo". Ele procura encontrar cumplicidades entre estéticas e grafismos de diferentes zonas geográficas, abordando permanentemente o confronto entre o trabalho amador e profissional, inspirando-se em técnicas que tendem a desaparecer com a industrialização das artes gráficas.
"Uma das coisas que eu gosto muito é do trabalho gráfico popular, de rua, anónimo: rótulos, cartazes,..."

Neste sentido, o exemplo de Valência é interessante: segundo o Martin, esta é uma cidade onde sempre ouve um mercado relacionado com as artes gráficas muito profissionalizado e institucionalizado. Com a actual crise, esse mercado morreu, ou pelo menos perdeu muita da força que tinha anteriormente, o que fez com que surgissem bastantes edições independentes. Este fenómeno é facilmente observável quando visitamos um evento como a Feira Laica, em Lisboa (cuja última edição contou com mais de 40 bancas e cerca de 900 visitas), o Tenderete, em Valência ou o MEA, em Madrid.
As músicas que "ilustram" esta entrevista foram todas escolhidas por Martin Lopez:
Tumba Swing
Atomizador
Fantasmage
Fabuloso Combo Espectro
Antiguo Regimen
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